sábado, 27 de novembro de 2010

Por dentro do Socioconstrutivismo

Quem foi o pai da idéia: o psi­có­logo bielo-russo Lev ­Vygotsky (1896-1934).

O que diz: ele foca a inte­ra­ção. ­Segundo ­Vygotsky, todo apren­di­zado é neces­sa­ria­mente ­mediado – e isso torna o papel do ­ensino e do pro­fes­sor mais ativo do que o pre­visto por Pia­get. O apren­di­zado não se subor­dina ao desen­vol­vi­mento das estru­tu­ras inte­lec­tuais da ­criança, mas um se ali­menta do outro, pro­vo­cando sal­tos qua­li­ta­ti­vos de conhe­ci­mento. O ensino deve se ante­ci­par ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de apren­der sozi­nho. É a isso que se ­refere um de seus prin­ci­pais con­cei­tos, o de "zona de desen­vol­vi­mento pro­xi­mal", que seria a dis­tân­cia entre o desen­vol­vi­mento real da ­criança e ­aquilo que ela tem poten­cial de apren­der, ou entre "o ser e o tor­nar-se".

Onde está o foco: na inte­ra­ção. É na rela­ção aluno-pro­fes­sor e aluno-aluno que se pro­duz conhe­ci­mento.

Qual é o papel do pro­fes­sor: ele atua como media­dor entre o aluno, os conhe­ci­men­tos que este pos­sui e o mundo.

Como se ­aprende: obser­vando o meio, ­entrando em con­tato com o que já foi des­co­berto e orga­ni­zando o conhe­ci­mento junto com os ­outros (pro­fes­sor e turma).

Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/materias_295344.shtml
 

Construtivismo

O construtivismo não é um método de ensino. Construtivismo é uma teoria a respeito do aprendizado. Quem adotou e tornou conhecida a expressão foi uma aluna de Jean Piaget, a psicóloga Emília Ferreiro, nascida na Argentina em 1936. Partindo da teoria do seu mestre, ela pesquisou o processo mental pelo qual as crianças aprendem a ler e a escrever, colocando o nome de construtivismo na sua teoria. Emilia Ferreiro se restringiu a desenvolver uma teoria científica. No Brasil, a partir da década de 80, escolas começaram a utilizar o construtivismo em sala de aula, e mudaram a forma de alfabetizar as crianças. No Brasil, o construtivismo começou a ser aplicado metodicamente na primeira Escola Novo Horizonte e depois na Escola da Vila, em São Paulo.
No construtivismo existe um sujeito que conhece e o conhecimento se constrói pela ação desse sujeito, sendo que, o ambiente tem um papel muito intenso nessa atuação de construção de ocorrências de aprendizagem dentro das quais o educando vai produzir seu saber.
No princípio, o nome construtivismo se aplicava só à teoria de Emilia Ferreiro. Essa teoria priorizou aos educadores a base científica para a formulação de novas propostas pedagógicas de alfabetização sob o prisma da lógica infantil.Em síntese, as crianças não aprendem do jeito que são ensinadas. Conhecer e construir são ações que necessitam de projetos de assimilação e acomodação, num procedimento estável de reorganização, que é fruto da presteza daquele que interage com o mundo.Analisada por esse ângulo, uma ação docente construtivista se baseará nas condições concretas do aluno, no conhecimento dos momentos de seu desenvolvimento em afinidade aos esquemas de elaboração mental, respeitando os seus pontos de partida e a sua individualidade dentro do contexto coletivo em que está inserido.
Destacamos que o Construtivismo é uma das correntes teóricas compelidas em explicar como a inteligência humana se desenvolve tendo como subsídio o desenvolvimento da inteligência alicerçado pelas interações entre o ser humano e o meio, incluindo as idéias de descobrir, inventar, redescobrir, criar.
No Construtivismo a importância do que se faz é igual ao como e porque fazer, buscando delinear os diversos estágios por que passam os indivíduos na ação de aquisição dos conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o indivíduo se torna autônomo. O Construtivismo parte da idéia de que nada, está pronto e acabado, e o conhecimento não é algo terminado, destacando o papel ativo da criança no aprendizado, onde os conhecimentos são construídos pelos alunos mediante o estímulo ao desafio, ao desenvolvimento do raciocínio, à experimentação, à pesquisa e ao trabalho coletivo.
Fonte:http://www.educador.brasilescola.com/gestao-educacional/construcao-da-aprendizagem.htm

sábado, 13 de novembro de 2010

Condicionamento

    Por muitos anos, os estudiosos acreditaram que a aprendizagem ocorria unicamente através dos processos de condicionameto. Embora esses procesos sejam fundamentais, pesquisas recentes afirmam que a aprendizagem pode ocorrer através das mais variadas formas.
   O condicionameto é o processo de aprendizagem e modifição de comportamento através de mecanismos estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central do indívíduo. Esse processo é vinculado ao Behaviorismo ou Comportamentalismo, que é o conjunto de idéias presentes na psicologia que vê o comportamento como único, devendo ser o objeto de estudo da psicologia.
    O primeiro tipo de condicionamento, denominado condicionameto clássico, foi desenvolvido pelo  fisiologista russo Ivan Pavlov, Pavlov fez uma experiência envolvendo um cão, uma campainha e um pedaço de carne. O fisiologista percebeu que quando o cão via o  pedaço de carne, ele salivava, o que foi chamado de reflexo não-condicionado.
   Pavlov também começou a tocar campainha (estímulo neutro) quando ia mostrar o pedaço de carne.
Rapidamente o cão passoa a associar a carne com a campainha, salvando também toda vez que ela era tocada. Essa reação a um estimulo foi chamada de reflexo condicionado. O condicionameto clássico foi importante no sentido de explicar a associação ( positiva ou negativa) que um consumidor faz de uma marca, por exemplo. O condicionamento clássico também possibilita o entendimento de coisas comuns do nosso dia-a-dia, como o barulho de um despertador, que por si só não significa nada, mas nós relacionamos aquele barulho ao objetivo de se acordar em um determinado momento.
  O outro tipo de condicionamento é  o  operante ou instrumental. A grande questão do condicionameto operante não é a de fazer a correlação entre um estímulo e outro e a consequência do mesmo.
 O condicionamento operante foi desenvolvido pelo psicológo norte-americano Burrhus  Frederic Skinner, no qual estabelece que todo comportamento e influenciado por seus resultados, havendo um estímulo reforçador, podendo ser positivo quando fortalece o tipo de comportamento (recompensa), ou negativa quando tende a inibir certos comportamento (punição).
 Algumas diferenças entre o condicionamento clássico e operante:
- Enquanto o condicionamento clássico inclui uma resposta já estabelecida através de outro estímulo anterior,  o operante não necessita de nenhuma resposta dada anteriormente.
- No condicionamento clãssico o resultado não depende das ações do sujeito, no operante certamente irá depender.
-Enquanto o condicionameto clássico influi na mudança de opiniões, definindo gostos e  objetivos, o condicionamento operante influi nas mudanças de comportamento perante um objetivo.

Fonte: http://www.brasilescola.com/psicologia/condicionamento.htm

sábado, 6 de novembro de 2010

Skinner



      Bhumus Frederick Skinner, eminente psicólogo contemporâneo nascido nos Estados Unidos em 1904. Lecionou nas Universidades de Harvard, Indiana e Minnesota . Entre outros trabalhos publicou os seguintes livros:
      Behavior of Organisms, (o comportamento dos organismos)
      Verbal Behavior ( comportamento verbal)
      Science and Human Behavior.(comportamento científico e humano)

      Em 1932, B. F. Skinner, da Universidade de Harvard relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações é hoje muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa de Skinner.
      Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, Skinner passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.


      Caixa de Skinner

      Devido à sua preocupação com controles científicos estritos, Skinner realizou a maioria de suas experiências com animais inferiores, principalmente o Rato Branco e o Pombo. Desenvolveu o que se tornou conhecido por "Caixa de Skinner" como aparelho adequado para estudo animal. Tipicamente, um rato é colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato aperta a alavanca sob as condições estabelecidas pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai na tigela de comida, recompensando assim o rato. Após o rato ter fornecido essa resposta o experimentador pode colocar o comportamento do rato sob o controle de uma variedade de condições de estímulo. Além disso, o comportamento pode ser gradualmente modificado ou modelado até aparecerem novas repostas que ordinariamente não fazem parte do repertório comportamental do rato. Êxito nesses esforços levou Skinner a acreditar que as leis de aprendizagem se aplicam a todos os organismos.
      Em escolas, o comportamento de alunos podem ser modelados pela apresentação de materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento das recompensas ou reforços apropriados.
      A aprendizagem programada e máquinas de ensinar, são os meios mais apropriados para realizar aprendizagem escolar.
      O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos é um mundo no qual prevalecem certas contingências de reforços.

      Duas espécies de aprendizagem

      Para cada espécie de comportamento, Skinner identifica um tipo de aprendizagem ou condicionamento.
      Associado ao Comportamento Respondente está o Condicionamento Respondente, e Associado a Comportamento Operante está o Condicionamento Operante.
      Temos então o primeiro tipo de aprendizagem, que é chamado de "Condicionamento Respondente", e o segundo tipo de aprendizagem que Skinner chama de "Condicionamento Operante".

      1- Condicionamento Respondente - "reflexo" ou "involuntário"
      Skinner acredita que essa espécie de Condicionamento desempenha pequeno papel na maior parte do comportamento do ser humano e se interessa pouco por ele.
      Ex: dilatação e contração da pupila dos olhos em contato com a mudança da iluminação. Arrepios por causa de ar frio.

      2- Condicionamento Operante - Está relacionado com o comportamento operante que podemos considerar como "voluntário".
      O comportamento operante inclui todas as coisas que fazemos e que tem efeito sobre nosso mundo exterior ou operam nele.
      Ex: dirigir o carro, dar uma tacada na bola de golfe.

      Enquanto que o Comportamento Respondeste é controlado por um estímulo precedente, o Comportamento Operante é controlado por suas conseqüências - estímulos que se seguem à resposta.

      Implicações no Ensino: A Tecnologia do Ensino

      Do ponto de vista de Skinner existem várias deficiências notáveis em nossos atuais métodos de ensino:
      Um dos grandes problemas do ensino, diz Skinner é o uso do controle aversivo.Embora algumas escolas ainda usem punição física, em geral houve mudanças para medidas não corporais como ridículo, repreensão, sarcasmo, crítica, lição de casa adicional, trabalho forçado, e retirada de privilégios. Exames são usados como ameaça e são destinados principalmente a mostrar o que o estudante não sabe e coagi-lo a estudar. O estudante passa grande parte do seu dia fazendo coisas que não deseja fazer e para as quais não há reforços positivos. Em conseqüência, ele trabalha principalmente para fugir de estimulação aversiva. Faz o que tem a fazer porque o professor detém o poder e autoridade, mas, com o tempo o estudante descobre outros meios de fugir. Ele chega atrasado ou falta, não presta atenção (retirando assim reforçadores do professor), devaneia ou fica se mexendo, esquece o que aprendeu, pode tornar-se agressivo e recusar a obedecer, pode abandonar os estudos quando adquire o direito legal de fazê-lo.
      Skinner acredita, que os Professores, em sua maioria, são humanos e não desejam usar controles aversivos. As técnicas aversivas continuam sendo usadas, com toda probabilidade, porque não foram desenvolvidas alternativas eficazes.
       As crianças aprendem sem ser ensinadas diz Skinner porque estão naturalmente interessadas em algumas atividades e aprendem sozinhas. Por esta razão, alguns educadores preconizam o emprego do método de descoberta. Mas diz Skinner, descoberta não é solução para o problema de educação. Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar as crianças seu acúmulo de conhecimento, aptidões e práticas sociais e éticas.
      A instituição de educação foi estabelecida para servir a esse propósito. Certamente estudantes devem ser encorajados a explorar, a fazer perguntas a trabalhar e estudar independentemente para serem criativos. Não se segue daí que essas coisas só possam ser obtidas através de um método de descoberta.
      De acordo com Skinner, estudantes não aprendem simplesmente fazendo. Nem aprendem simplesmente por exercício ou prática. A partir apenas de experiência, um estudante provavelmente nada aprende. Simplesmente está em contato com o ambiente não significa que ele o perceberá.. Para ocorrer a aprendizagem devemos reconhecer a resposta, a ocasião em que ocorrem as respostas e as conseqüências da resposta. Para Skinner a aplicação de seus métodos à educação é simples e direta. Ensinar é simplesmente o arranjo de contingências de reforço sob as quais estudantes aprendem.
      Tecnicamente falando, o que está faltando na sala de aula, diz Skinner, é o reforço positivo. Estudantes não aprendem simplesmente quando alguma coisa lhes é mostrada ou contada. Em suas vidas cotidianas, eles se comportam e aprendem por causa das conseqüências de seus atos. As crianças lembram, porque foram reforçadas para lembrar o que viram ou ouviram.
      Para Skinner, a escola está interessada em transmitir a criança grande número de respostas. A primeira tarefa é modelar as respostas, mas a tarefa principal é colocar o comportamento sob numerosas espécies de controle de estímulo.
      Para tornar o estudante competente em qualquer área de matéria, deve-se dividir o material em passos muito pequenos. Os reforços devem ser contingentes a cada passo da conclusão satisfatória, pois os reforços ocorrem freqüentemente, quando cada passo sucessivo no esquema, for o menor possível .
      Na sala de aulas tradicional, as contingências de reforço mais eficiente para controlar o estudante, provavelmente estão além das capacidades de um professor. Por isso, sustenta Skinner, aparelhos mecânicos e elétricos devem ser usados para maior aquisição.
 
Fonte: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per07.htm